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terça-feira, 12 de março de 2013

[ENTREVISTA] Nath Souza

Nath Souza é uma eterna adolescente e acredita que sonhar é o primeiro passo para conquistar qualquer coisa. Apaixonada por tudo relacionado a livros, adora escrever sobre coisas leves e divertidas e pensa que o cotidiano - apesar de parecer muito simples - é uma fonte inesgotável de inspiração. Seu maior sonho é que todos conheçam o mundo mágico da leitura e possam fazer tantas descobertas maravilhosas quanto ela. Defende e espera que a literatura nacional possa ser mais valorizada e garantir seu espaço no mercado, na estante e no coração dos brasileiros. No currículo, traz dois livros publicados de forma independente: Como Perder uma Amiga em 10 Passos e Meu Querido Professor.
E como a gente não é bobo nem nada, chamamos a Nath pra bater um papinho sobre essa vida de escritora! Continue lendo pra saber no que deu!

1) Como descobriu que o que queria fazer da vida era escrever? E como foi lidar com a decisão de ser escritor e do trabalho?

Os livros sempre fizeram parte da minha vida desde pequena. Minha vó sempre me conta que eu a pedia incessantemente para que me ensinasse a ler enquanto ela trabalhava em sua máquina de costura e que antes mesmo de saber escrever eu já ‘escrevia’ bilhetes para os membros da família e a encarregava de passar adiante. Eu também fazia meus livrinhos de papel, cortava as folhas, grampeava, escrevia e ainda desenhava. Bons tempos... Eu carrego isso comigo desde sempre, passei a ida escrevendo uma coisinha aqui, outra ali, textos de reflexão sobre o que eu sentia, me arriscava em uma poesia, mas só aos 16 anos que eu resolvi encarar isso como profissão e foi quando eu comecei a escrever o primeiro livro. Eu costumava pensar que só valeria a pena escrever um livro se ele fosse tão bom a ponto de eu mesma querer ler e considero que cumpri essa missão junto com uma amiga quando terminei de escrever o “Férias dos Sonhos”, porque cada vez que o leio – e olha que foram muitas – eu me pego dando risadas e me divertindo com ele. Depois de um tempo e de muitas dúvidas com relação ao vestibular eu sabia que não me encaixava exatamente em nenhuma dessas profissões convencionais e quando eu decidi por ser escritora, mesmo com um caminho muito difícil a se seguir, eu sabia que as outras opções viriam como complemento, pois é isso que eu amo fazer e que me completa.

2) Quando contou a sua família como eles reagiram?

Eu não lembro quando foi e nem como reagiram exatamente, mas eu sei que ficaram preocupados em como eu sobreviveria. Sempre fui muito sonhadora, então acho que eles tinham medo de que eu me machucasse se me jogasse de cabeça em algo que é complexo se você não tem outra renda para se manter enquanto realiza seu sonho de escrever o quanto quiser. Eles se preocupam, mas vibram comigo a cada pequena conquista.

3) Sabemos que terminar um livro é algo muito difícil. Como é o seu processo de escrita? Escuta algum gênero específico de música, ou prefere ficar em um local reservado, só você e o computador? 

Meu processo de escrita é uma verdadeira loucura. Geralmente eu tenho a ideia do livro, começo, faço algumas anotações e ele fica ‘amadurecendo’ um tempo. Isso acontece com vários, até que vem um momento aquele estalo e eu pego um específico pra escrever e termino. Alguns eu levo anos no processo completo. “Como perder uma amiga em 10 passos” levou uns 3 anos desde a ideia inicial até que eu registrasse. Já o “Meu querido professor” depois que eu tirei da gaveta, escrevi em um dia. Mas atualmente eu gosto de fazer roteiros pra tentar ser mais organizada, pois são tantos livros vou tendo ideias paralelas... Quanto as músicas, eu adoro ouvir alguma coisa enquanto estou escrevendo, mas não é sempre e também depende de momentos. Alguns livros têm trilhas sonoras outros eu só escuto música aleatoriamente. Eu só gostaria de ter um pouco mais tempo para poder me dedicar a isso.

4) E o processo de publicação, como foi?

Meus dois livros publicados atualmente foram de forma independente, então eu acabei fazendo todo o processo, desde revisão, diagramação até a capa. Não é fácil, muita coisa eu não sabia e tive que aprender na marra, mas valeu a pena mesmo com todas as dores de cabeça... rs Quando você tem um exemplar na sua mão ou lê/ouve um comentário positivo de um leitor, nada paga esses momentos! Atualmente estou vendo a segunda edição deles com uma editora e espero em breve ter boas notícias e lançamento previsto.

5) Você possui algum escritor ou escritores em quem você se inspirou para prosseguir seu caminho? Se sim, quais?

São tantos que nem quero citar alguns e acabar esquecendo outros. O que eu posso dizer é que alguns autores internacionais me inspiraram sim e inspiram até hoje e muitos nacionais que estão batalhando diariamente pelo seu espaço. Muitos deles até acabaram se tornando meus amigos ao longo desses anos desde a época em que eu estava do outro lado, como leitora.

6) Como você analisa o apoio a literatura nacional atualmente?

As redes sociais têm ajudado escritores que antes não eram conhecidos a conquistarem seu espaço, mas sem dúvida os blogs literários e seus blogueiros são responsáveis por grande parte da divulgação. Eu tenho muito que agradecer aos blogueiros e amigos que tem me apoiado nessa trajetória.

7) Se sua vida fosse um programa de televisão que estilo seria? E qual seria o nome?

Sabe que eu não sei? Provavelmente meus amigos diriam que é uma novela mexicana bem dramática, mas cheia de sonhos e muitos micos também.

8) Café, chá ou Coca-Cola?

Café! Por incrível que pareça eu não gosto de Coca-Cola – e nem de chá, a menos que seja de morango com frutas vermelhas. rs

9) Se pudesse morar em um lugar que só existe em livros, qual seria? Hogwarts? Panem? Terra Média?

Hogwarts foi meu sonho desde menininha! Fiquei muito triste quando não recebi a visita de uma coruja com a minha carta. É, eu esperava por isso. hahahaah

10) Imortalidade é algo cobiçado por muitas pessoas. Se você tivesse a chance de viver para sempre como seria? Vampiro? Lobisomem? Tomaria o elixir da vida eterna? Ou algum outro secreto? E como conviveria com a decisão de ser imortal?

Eu não sei se optaria pela imortalidade. Ser mortal já é complicado, tem momentos que todo mundo pensa “eu não quero mais viver nesse mundo”. Imagina se você soubesse que ia ter que ficar aqui para sempre? Ver todas as pessoas queridas irem embora já é difícil, imagina por toda a eternidade? Eu acho que só escolheria ser imortal por um motivo: poder ler todos os livros do mundo.

11) Você conseguiu ser milionário com seus livros. E agora? Viajar? Comprar um pequeno reino na Europa? Ir para o espaço?

Seria ótimo ficar milionária com meus livros. Isso seria sinal de que eles fizeram muito sucesso. Mas não escrevo pensando nisso, apesar de sempre rolarem umas piadinhas do tipo com os amigos. Escrever faz parte de mim e eu não viveria sem isso, estaria incompleta. Então, mesmo não recebendo um centavo eu continuaria fazendo isso, mas é claro que seria ótimo poder viver dos meus livros e poder voltar a minha atenção pra isso sem ter que me preocupar.  Se eu ficasse milionário eu escolheria viajar para poder conhecer muitos lugares diferentes, culturas, muitas coisas que me ajudassem a escrever cada vez melhor.


Pra saber mais sobre a Nath, confira a página dela no Skoob e siga-a no Twitter.

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Um comentário:

  1. Poxa, a Nath é uma fofa! Tomara que consiga publicar por um editora mesmo. Para fazer justiça a todo esforço que ela teve e ainda está tendo. Não sei como, pois nunca tentei publicar nada, mas auto publicação deve ser uma barra mesmo. Muito suor e esforço. Parabéns a ela por não desistir nunca.

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