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sexta-feira, 19 de abril de 2013

[INDICAMOS] Iniciação à TV Britânica: Um Guia - Parte 4

BBC, ITV, Channel 4. São apenas alguns nomes que, para quem vem acompanhando esse Guia, são bem
conhecidos.

Pra você que está caindo aqui de paraquedas, a TV britânica já melhorou e arruinou nossas vidas, não exatamente nessa ordem.
Passamos pela Parte 1, Parte 2 e Parte 3. Isso quer dizer que o Guia já está acabando, e o que será dito daqui pra frente pode conter grande carga emocional.
Preparados?
Bom, já foram avisados.

Essa é a fase 4: Nível Expert.


A adolescência é uma fase bem conturbada da vida. Para ilustrá-la temos milhões de livros, filmes, e até mesmo séries de TV.
Claro que a Inglaterra não iria ficar longe de mostrar como é ser jovem na Terra da Rainha.
Então, se preparem pra muito drama, escola e despertar sexual.


Some Girls

Ser uma adolescente nos subúrbios de Londres pode parecer até legal visto de longe. Mas um olhar mais aproximado vemos que não é nada fácil.
A namorada do pai de Viva está esperando um bebê. Ou seja, ela terá um irmãozinho. Acontece que essa namorada é também a treinadora do time feminino de futebol que Viva joga, e a garota não gosta nadinha dela.
Amber está pensando em terminar com o namorado. O que ela não previu é que ele terminaria com ela antes. E é claro que o orgulho ferido dela fará com que queira ele de volta.
Holli é a valentona do grupo, sempre querendo bater em algum garoto e nunca fazendo seu dever. Viva sempre tem que a ajudar com as coisas. Mas com pais ausentes, e tendo que fazer a vez deles em casa, ninguém se admira de Holli ser assim.
E, então, tem a Saz. Saz é o tipo sarcástico e rude, com sérios problemas de atitude. Isso o que ela mostra para os outros. Mas, por dentro? Bom, por dentro é a mesma coisa.
Essas quatro meninas tão diferentes viraram as melhores amigas e passam por situações que você certamente já passou.
Com só um pouquinho mais de drama.

"Você quer uma das pastilhas da minha mãe? Elas realmente acalmam!"

Some Girls terminou sua primeira temporada ano passado (2012). Por enquanto só tem seis episódios.
É transmitida pela BBC There.

Por que preciso ver?
Além de assistir um retrato fiel e bem humorado da adolescência londrina em sua mais pura essência?
Você realmente quer mais um motivo?
Tá bom. É engraçado. Não Mr. Bean ou sitcoms engraçado, mas essas quatro se metem em situações tão comuns e mesmo assim tão doidas, que é impossível não rir.
E trata de assuntos profundos. Viva não aceita a namorada do pai de jeito nenhum, embora seja a filha exemplar, sempre cumprindo as responsabilidades e tirando boas notas. Holli parece ser o tipo que não quer nada com nada, mas no final tem mais responsabilidade que todas ali. Amber faz a vez da loira burra, mas no fim é insegura e não sabe lidar com a situação do namorado, além de ser muito doce. E Saz é sarcástica e muito má, do tipo durona, só que na verdade ela só não sabe como interagir com outras pessoas.



My Mad Fat Diary

O ano é 1996 e Rae acaba de sair de uma clínica de reabilitação, onde ficou todo o verão por ter tido um colapso nervoso. Um dia, ela simplesmente não aguentou mais e acabou se ferindo gravemente. Mas ao invés de contar para todo mundo, ela tem vergonha e diz que estava com parentes na França.
Rae, como ela mesma diz, não é a típica garotinha adolescente. Ela é, digamos, cheinha. Gorda, em suas palavras.
Mas Rae está disposta a mudar isso. Não emagrecendo, mas se sentindo bem por ser assim. E fazendo amigos que a apreciem do jeito que é.


My Mad Fat Diary estreou esse ano (2013) e tem seis episódios na primeira temporada. É transmitida pelo canal E4 e foi baseada em um livro autobiográfico chamado My Fat, Mad Teenage Diary, escrito por Rae Earl e publicado em 2007.

Por que preciso ver?
Os transtornos de todo tipo parecem ter um apelo maior na adolescência. Saber de jovens que se mataram, quando aparentemente tinham uma vida perfeita, não é tão incomum assim.
Mas alguns sinais são claros, apenas um pouco difíceis de enxergar. Rae demostrava esses sinais, mas a mãe, os amigos e ela mesma estavam muito envolvidos no dia a dia para percebê-los, até ser (quase) tarde.
Além disso, Rae percebe que não há como viver sem amigos. Mesmo que, como Chloe, eles sejam péssimos amigos.
Existem tantos motivos pra se assistir esse seriado que eu poderia fazer um post só pra eles.
Mas, por enquanto, fiquem com o melhor motivo, a trilha sonora:


Skins

Skins conta a história de um grupo de adolescentes londrinos. Festas, drogas, e a delicada fase da adolescência tratada de um jeito nunca visto antes.
É dividida em gerações. Mais ou menos como Malhação, ou seja, o elenco é renovado de tempos em tempos, tendo um total de três gerações em seis/sete temporadas e 55 episódios por enquanto.
Está no ar desde 2007 pelo E4 e terá sua última temporada esse ano (2013) com aparições do elenco da primeira geração.

Por que preciso ver?
Bom, vou ser sincera e dizer que não gosto nem um pouco de Skins. Tentei assistir, mas não deu. É muito fora da minha realidade, muito drama, muita festa, muita droga. Todo mundo é tão ferrado, e ninguém é feliz e tudo dá errado.
"Sem ofensa, mas você meio que representa tudo o que eu desprezo no mundo."
Mas outras pessoas devem gostar, não? Pois se existe até uma versão americana (não muito bem sucedida)...
O que não posso negar, é que Skins revolucionou a televisão com seu jeito um tanto "reality show" de filmagem.
E sim, aborda muitas questões sobre a adolescência, sobre a vida, sobre estar nesse mundo, e a difícil convivência com outras pessoas.
Recomendo que você assista alguns episódios de teste, e se não curtir, passe pra outra.
A vida é muito curta pra ficar parado em séries que não gostamos.

Effy aprova essa decisão.

É isso, pequenos viajantes.
Volto na próxima com a parte final do Guia. O último nível.
Preparados pra enfrentar o chefão?

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2 comentários:

  1. Podemos ver que os britanicos são mais profundos! Curti teu guia, guria! Paula Grejo

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    Respostas
    1. Também acho Paula :D
      Ahh, que lindo que você gostou *------*

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