Banner Submarino

quinta-feira, 30 de maio de 2013

[FEITO A MÃO] Explosão


Oi, galera! O conto de hoje é bem pequeno, mas é a intenção da criação dele mesmo :) Dependendo de seu ponto de vista, pode ser alegre ou triste. Não há descrições sobre ele além do próprio comecinho: "Era uma vez, uma garotinha. Ali, havia uma biblioteca. Você pode imaginar que a menina estava sozinha, mas... talvez sim, talvez não."


Explosão


Era uma vez, uma garotinha. Ali, havia uma biblioteca. Você pode imaginar que a menina estava sozinha, mas... talvez sim, talvez não. Ela podia ser quem quisesse, desde um catador de lixo até a imperatriz de um planeta alienígena. Tinha vários amiguinhos para com quem brincar, nunca se sentia só desde o lílas-azul do amanhecer até a escuridão pós-laranja da noite aluada.

Era uma vez, uma garotinha. Deitada entre paredes brancas, vestida de branco e em uma cama branca. Em outros quartinhos brancos, outras criaturinhas brancas. Todos pálidos e com rachaduras. Cadê papai e cadê mamãe? Foguetes caiam lá fora, mas onde foi a alegria?

Aquela menina não sabia ler, mas imaginou saber. Nunca foi pessoalmente a uma biblioteca, mas imaginou ter ido a uma. Nunca falou "oi" ou "até mais tarde" (nunca, nunca "tchau" ou "adeus") com animação para algum de seus amiguinhos brancos (afinal, sua vida era branco, doutor, "enfermeira, quando vou sair?", sangue, gente derretendo, cantigas de roda, tosse que nunca parava, mais sangue e algo a mais que não sabia direito o que era), mas imaginava como era fazer.

Algumas vezes, não sabendo como rir ou chorar, elem escolhem a mentira como nova realidade porquê toda pessoinha branca terminava com esses sons:

'Ping-pong!', ela viu em um desenho de um cartaz estendido lá fora na rua, vendo aquilo por meio da janela embaçada.

Ping-pong. Ela se sentou na cama que rangia, vendo gente nova de roupa nova visitando o lugar. Conseguiam a ver?

Ping-pong. Ela viu que o tempo mudou no céu e a cidade tinha uma luz nova que nascia do centro. O doutor saiu para nunca mais voltar e pouco se via de enfermeira.

Pong. Seus amigos da biblioteca, coloridinhos, estenderam a mão.

Piii-BUM!

Assim como seus pais e as outras pessoinhas brancas da cidade brilhante, a garotinha teve seu final feliz para sempre.

FIM

QUER PARTICIPAR DO FEITO A MÃO? TEM ESPAÇO PRA VOCÊ! ENVIE SEU CONTO PARA CONTATONRA@GMAIL.COM OU PUBLIQUE SEU DESENHO/POEMA NO NOSSO TUMBLR! QUEM SABE NA PRÓXIMA SEMANA NÃO É VOCÊ RECEBENDO OS COMENTÁRIOS?

Comente com o Facebook:

4 comentários:

  1. Eu não sei se entendi, Lucie, mas gostei bastante!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Mel =) O conto foi algo que surgiu em um dia de sono, dai surgiu na minha cabeca a ideia de pessoas em uma cidade sendo separadas do resto por conta de uma epidemia de uma doenca violenta, logo como eram vistos como 'vida perdida' foram deixadas pra tras no meio de uma guerra com arma nucleares -qq (desculpa a falta de acentuacao, meu computador, o qual uso agora, ta com problemas D=) apesar da ideia ser triste, a visao da coisa pode se tornar alegre dependendo da pessoa, como a garotinha. foi um dos poucos contos que tive a ideia e terminei pequenos o.o mas bem, beijos <3

      Excluir
  2. Muito bom! Mas ainda não decidi se achei alegre ou triste.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. que legal ter gostado ;) talvez nao possamos decidir uma definicao certa para o que seja ^^

      Excluir